segunda-feira, 29 de abril de 2013

Decifrando Valesca Popuzuda - O abismo do pensamento no relativismo cultural ou onde foi parar o feminismo?

É importante, antes de mais nada, salientar o salutar esforço que hoje se faz para tornar esses limites entre a cultura popular e cultura erudita obsoletos, mas é preciso perceber que esse caminho guarda algumas armadilhas alienantes inesperadas, como a generalização dos sujeitos e dos gostos, a falta de crítica dos gostos e das manifestações, o esgotamento teórico e o discurso vago do rebelde típicos do relativismo cultural.
Relativismo cultural: Há algum tempo essa forma de pensar a cultura me causa cera estranheza, não por ela considerar como importantes (como são) camadas culturais que antes eram subjugadas (e ainda são) e alvos certos de preconceito (idem), há de se admitir tais problemas e de combatê-los com grande afinco, porém não é somente com o combate e com o rompimento dessas estruturas sócio-culturais que nos aparecerão mais claramente os códigos desses seculares desníveis impostos e carregados pelas elites culturais.
De toda a forma a moda pop, carregada com gosto pela classe média e que, assim, acaba mal sustentada em virtude da insegurança identitária, do fetiche que há na alternatividade a todo o custo e da sede de inclusão social da mesma, vem tornando essa disputa mais forte e cega do que deveria esta ser. Tornando aqueles que são contrários a esse pensar alvos de estigmatização intelectual.
Em fatos, minhas críticas já soavam reacionárias aos grandes mártires da cultura pop genérico-generalizada, antes de as birras intelectuais e jornalistico-opinativas, ocasionadas pela notícia de um estudo do Feminismo à partir das letras de Valesca Popozuda ecoarem pelo paraíso mórbido da internet, mas esse tórrido combate me pôs, novamente, em posição fortemente crítica, que, ao que parece, escapa das duas frentes,  da ignorância rompante da jornalista à inocência crítica do estudo.


De modo algum acho que não se deva estudar a cultura pop, ou qualquer manifestação que desse modo cultural tão amplo surja, ainda mais no contexto da arte brasileira: seja Funk, Pagode, Axé, Sertanejo..., o que for. De maneira alguma eu negaria aqui a importância única do popular na nossa identidade e nos nossos afetos. O que discordo é da generalização, ou até, da falta de escrúpulos críticos para se defender uma causa qualquer. As pessoas dizem "O Funk é bom (gosto generalizado) e tem que ser estudado", vamos descriminar um pouco mais as coisas como acho mais verdadeiro em se tratando de cultura, o certo seria dizer "o Funk é importante e tem que ser estudado". Assim, estando o pensamento de acordo com a frase que expus, fica mais visível que temos uma variedade de coisas a serem analisadas que falam "à favor" e "contra" o Funk, e não somente, o que é armadilha típica de nosso tempo, o vago dizer "O Funk é bom" e temos que mostrar que ele é bom custe o que custar.
Não sei se me faço claro, mas é preciso muito cuidado com essas determinações breves de causa para não se perder na hora de escolher um objeto representante. E aqui estamos nós, por causa de uma ruidosa escolha propositalmente polêmica, nessa madrugada, analisando letras da Valesca Popozuda para tentar achar o que se diz ser o feminismo em sua forma contemporânea. Então, destrinchemos alguns trechos coletados que simbolizem de uma forma digna o total da obra da Valesca, para não correr o risco de ser injusto ou ignorante. Não estou querendo, com isso, diminuir a arte, o Funk, ou a Valesca, mas, antes de tudo perceber a incongruência entre o argumento dos defensores de que haja nessas letras alguma coisa da força feminista:



"E aí seu otário
Só porque não conseguiu foder comigo
Agora tu quer ficar me difamando né?
Então se liga no papo
No papo que eu mando

Eu vou te dar um papo 

Vê se para de gracinha
Eu dou pra quem quiser
Que a porra da buceta é minha"
(A porra da buceta é minha)

Acho que é nesta música que reside a maior dificuldade, ou melhor, a maior tendência, ao se destacar um comportamento de poder sobre o outro sexo e de intimidade com o seu próprio, como feminismo, mas percebamos que não é exatamente no domínio (que antes era do sexo oposto) do outro que está a intenção equânime da luta feminista. Essa música mais me parece uma resposta afetada e ofensiva de uma mulher que foi ofendida igualmente. Se for essa a igualdade: igualdade de peso de resposta, que se trata o feminismo contemporâneo, aí está a letra-hino! Mas acredito que a luta feminina não é para responder ao homem como homem, mas, sim, para exercer o feminino sem problemas, sem julgamentos, sem subordinações ou estigmas. E ser livre sexualmente, não é exercer o feminino tampouco e sim exercer a humanidade, logo, afirmar fazer sexo com quem quiser, apesar de ser uma vitória perto da mulher de séculos passados, de longe não significa absolutamente a luta feminista em seu complexo e difícil caminho.

"Você quer o meu corpo
Você quer minha buceta
ou você prefere que eu te toque uma punheta?
Você quer o meu corpo
Você quer minha buceta
ou você prefere que eu te toque uma punheta?"
(Solta essa porra)


A expressão "mulher-objeto" já está basante batida e utilizá-la acaba parecendo machista, pois trata-se do conceito masculinizado do que deve ser a mulher moral e eticamente. De jeito nenhum a liberdade sexual deve ser reprimida por quem quer que seja, mas temos que perceber no que a nossa liberdade acaba por nos aprisionar justamente no que nos desvencilhamos. É importante notar, não como moral, mas como questão feminista, que o sexo como ruptura é só um passo que, concordo, deve ser desmitificado e dessacralizado, mas não, objetado no desejo masculino, deve ser assumido como identidade feminina, pois assim já fazem os machistas. Logo, essa postura é a liberdade sendo usada para voltar para a prisão do que é comum na sociedade machista. Nada de novo surge quando a mulher se objeta no desejo do homem interessado por sexo, ao menos não enquanto o homem ainda estiver acostumado culturalmente com essa proposta, que, por ventura, ele mesmo criou.



"Amante meu papo é reto, comigo tenta quem pode, a sorte está lançada, se não gostou me engole.

Ô fiel, recalcada, o melhor é ser amante enquanto eu como seu marido tu se acaba lá no tanque, lava passa e cozinha, faz tudo direitinho, e só pra te deixar bolada eu tô comendo seu marido, eu tô comendo o seu marido.

Se não gosto, me engole. Eu tô comendo o seu marido, se não gostou me engole, eu tô comendo seu marido .."
(Amante X Fiel)

"vou te dar um papo reto
é melhor ficar ligado
não deu conta do marido
vai rolar a cachorrada
e se marcar eu como mesmo
não deu conta eu como mesmo
tu ta marcando eu como mesmo"
(Se marcar eu como mesmo)

Já essa duas músicas caberiam em uma outra crítica, esta destinada a mídia que tenta naturalizar a traição masculina e isso já aparece como constante em algumas novelas, onde se cria uma relação humorística entre as personagens resignados das mulheres e um relação de coitado dividido do homem que acabam por levar a aceitação do público daquele sujeito que mente, omite e engana e também leva ao ideário do publico feminino ordinário a relação romanceada de estar nessa situação, onde a recíproca, ou seja, se ela mesma trair, não será verdadeira e aceita. Não há, como podia, uma lição sobre a monogamia, ou sobre as formas de se viver o corpo, o amor e as vontades com verdade e possibilidades para ambas as partes, mas se propaga a mentira do homem como certo gracejo e certo charme enquanto essa possibilidade geralmente é negada à mulher. Não consigo ver feminismo ai também! E nessas músicas também é perceptível que se quer dar um poder à amante que ela na realidade não tem, pois ela se contenta em ser o sexo do jogo, onde o sexo surge como a parte mais importante... difícil questão, mas tendo a entender como recalque afetivo nos contextos atuais.

"Eu vou pro baile procurar o meu negão,
Vou subir no palco ao som do tamborzão,
Sou cachorrona mesmo
E late que eu vou passar
Agora eu sou piranha e ninguém vai me segurar"
(Sem calcinha)

Não consigo ver, apesar de estar me esforçando, nada além do sexo, da sexualidade, do status sexual, do "poder" do sexo, sendo exposto, o que não nego possa dar a noção a alguém de independência sexual, mas psicologicamente essa independência se assemelha a carência afetiva e recalque, não sei delimitar bem essas questões, mas não caio na esparrela de creditar verdadeiro poder, além do entretenimento e da catarse de séculos de repressão sexual, ao discurso dessa letra.

"Coringa, sem neurosi,
olha essa mulher toda gostosa que tah vindo ali tu conhece
É a Valesca cara aquela feinha da favela
olha como ela ta, como ela ta mó peitão, mó cabelão, mó bundão olha mano
e neguinho essa dai eu vo ataca
Não calma ai que eu vo te mostra como é que faz ai se liga

ÔÔÔ Coringa seu otário para de vacilação. Tu é pouca

areia pro meu caminhão! Agora é diferente, somos nós
mulheres que estamos mandando. Fica de quatro, balança
o rabo, me dá a patinha, bota a linguinha pra fora e
LATE, late seu cachorro.. late que eu to passando!"

O poder da Valesca, nessa música, é atingido depois que ela entra para o padrão de beleza, depois que ela passa ser desejada, dai então ela pode atingir aqueles que atingiam ela. Nada desse poder do corpo, apesar de o corpo também ter sido um ganho da luta feminina, significa a luta, pois a verdadeira luta, o verdadeiro poder seria acabar com os padrões masculinos do corpo e do desejo, seria o lutar por essa autonomia dos desejos e dos interesses e dos sujeitos.



Para terminar coloco aqui a música cujo título foi também utilizado no projeto da "polêmica" pesquisadora:
Na cama faço de tudo 
Sou eu que te dou prazer 
Sou profissional do sexo 
E vou te mostrar por que 

Minha buceta é o poder 

Minha buceta é o poder 

Mulher burra fica pobre 

Mass eu vou te dizer 
Se for inteligente pode até enriquecer 

Minha buceta é o poder 

Minha buceta é o poder 

Por ela o homem chora 

Por ela o homem gasta 
Por ela o homem mata 
Por ela o homem enlouquece 

Dá carro, apartamento, jóias, roupas e mansão 

Coloca silicone 
E faz lipoaspiração 
Implante no cabelo com rostinho de atriz 
Aumenta a sua bunda pra você ficar feliz 

Você que não conhece eu apresento pra você 

Sabe de quem tô falando? 

Minha buceta é o poder 

Minha buceta é o poder 

Mulher burra fica pobre 

Mas eu vou te dizer 
Se for inteligente pode até enriquecer 

Minha buceta é o poder 


Rasta no chão, rasta no chão, rasta que rasta que rasta... 


Por ela o homem chora 

Por ela o homem gasta 
Por ela o homem mata 
Por ela o homem enlouquece 

Dá carro, apartamento, jóias, roupas e mansão 

Coloca silicone 
E faz lipoaspiração 
Implante no cabelo com rostinho de atriz 
Aumenta a sua bunda pra você ficar feliz 

Você que não conhece eu apresento pra você 

Sabe de quem tô falando? 

Minha buceta é o poder 

Minha buceta é o poder 

Mulher burra fica pobre 

Mas eu vou te dizer 
Se for inteligente pode até enriquecer 

Minha buceta é o poder 

Minha buceta é o poder 

Rasta no chão, rasta no chão, rasta que rasta que rasta que rasta no chão...
(Minha buceta é o poder)

Por três frases cai-se na pachorra de se transferir caráter feminista a Valesca: "Mulher burra fica pobre /Mas eu vou te dizer /Se for inteligente pode até enriquecer", não se enganem, essa inteligência indicada é relacionada a como a mulher trata o seu sexo e nada mais!

Dessas questões é que tiro a dúvida se há mesmo critério sobre o objeto que se escolhe, não o Funk, mas a especificidade de relacionar Valesca ao feminismo, a não ser que se faça essa relação para dizer que ali, na verdade, não o há. De toda a forma a academia está criando teóricos cada vez mais relativistas para combater a sua própria estrutura elitista, mas cada vez mais inseguros e acríticos quanto ao seu próprio objeto e que, assim ladram, mas não mordem no ímpeto de trazer a tona os limites acadêmicos e a cultura popular e, dessa forma, não se rompe com nenhuma estrutura.



André Vargas

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O delírio fotográfico




Não há como não perceber, em qualquer espaço espetacular[1] da sociedade - claro que restrito ao espaço-tempo de lazer das pessoas -, a câmera fotográfica (acoplada aos celulares, ou não) está cada vez mais popular. Um caminho natural em um mundo onde as tecnologias galopam, barateiam-se, entram na moda, perecem e ressurgem; um caminho natural em um mundo onde o sentido do próprio ser está contido no modo compulsivo do consumo de produtos e na ideia de posse destes como status social e falsa ideia de construção de identidade.

A sociedade cria espaços vazios no homem, ou seja, retira dos homens a sua propriedade particular, para depois vender para os mesmos, maquiagens de identidade que nunca vão se estabelecer por completo e satisfatoriamente no ser deste homem perdido. E a máquina fotográfica exemplifica perfeitamente esta questão, pois ela ainda é, apesar de popularizada e difundida, conhecida por uma minoria que detém, de certa maneira, o valor criativo desse aparelho.

Não é difícil entender o que eu digo, ainda mais quando percebemos que, cada vez mais, novos mecanismos de propagação das fotografias são criados e utilizados como o explicitar das vaidades instantâneas. E ainda mais esses mecanismos corroboram e fazem com que as pessoas, iludidas ou não, perceptivelmente ou não, conscientes ou não, acabem por ceder ao tempo-resposta[2] que lhes é imposto pela sociedade.

Claro que tratamos de um povo explorado e praticamente vencido pelo esforço e pela estafa mental do trabalho, que não tem tempo para divagações, nem tampouco desejo por ampliar questões estéticas, intelectuais e capacidade abstrativa e que, com isso, objeta em tudo o uso, a imagem, o valor e a distração.

Não falo contra a distração, muito pelo contrário, assim como Theodor Adorno, em seu livro de ensaios Indústria cultural e sociedade, entendo o tempo que chamamos por lazer como benéfico e, mais do que isso, saudável, para uma sociedade, como já dito, explorada e cansada, porém desconfio que o lazer vá além, melhor, nada tem a ver com as formas, especificadas pela indústria cultural, de distração. O prazer do se apropriar-se de si mesmo no tempo é o encontrar-se consigo mesmo e não alienar-se de si, não o relaxamento. Este relaxamento é exatamente o entregar do seu tempo de lazer ao continuar do processo de exploração: a exploração mental.

Pois bem, as pessoas possuem suas máquinas fotográficas e, da forma com que estas máquinas são produzidas e, pautando-me pelo interesse inerente à tecnologia digital, as fotografias são tiradas, geralmente, para serem expostas pelos computadores e, mais especificamente pela internet.

A internet é um ponto de estranhamento para mim, pois a utilizo cotidianamente e vejo muitas formas interessantes de propagação de conteúdo e pesquisa nesse meio, porém, para se analisar a “idiotização” do ser humano ela é como se fosse a consequência. Fica sempre a suspeita de que a internet amplifica o modo de ser (ignorante de como se é) apropriado para este mudo. Melhor dizendo, fico sempre a pensar que a internet, principalmente no quesito redes sociais, direciona a humanidade para a vaidade, inveja, prepotência e para o palpite ignorante como posicionamento.

De toda a forma mecanismos como o Instagram criam uma banalização fotográfica ímpar – banalização que é, por sua vez, gerida pela popularização da máquina fotográfica; nasceu da digitalização da imagem e vem se encontrar com a propagação virtual instantânea – e bota a foto numa posição de interferência com a experiência acrescentadora.

As pessoas não querem ver, comer, beber, sentir... As pessoas querem mostrar, por vezes se mostrar. As pessoas estão querendo dizer que são. Em busca da identidade perdida, querem a todo o tempo dar demonstrações de que podem ver, comer, beber, sentir..., coisas que supõem que outras pessoas não podem fazer. Essa maneira práxis de existir contemporânea, é claro que não fica somente na questão das fotos, se estende para quase todas as esferas de interação pessoal-virtual. E a câmera fotográfica é usada como testemunha do que se pode ser e ter, com resquícios claros de vaidade, mas sobretudo, de falta de identidade.

As pessoas entram nos museus com suas máquinas fotográficas em punhos, prontas para fotografar tudo o que puderem, e até o que não puderem, se notarem (sentirem, experienciarem, conhecerem...) nada daquilo. As obras do museu são apenas alvos, algo para depois dizerem “Eu vi isso!”, criando a imagem de cultos, dentro dos padrões que a própria cultura impõe. Vão à praia e tiram fotos instantâneas para dizerem que foram, que são descoladas, que se divertem... Tantos exemplos poderíamos analisar com essa incerta (e ao mesmo tempo certa) investigação psicossocial.

De fato, as fotos se multiplicam no jogo do curtir-compartilhar-comentar, enquanto o vazio da identidade está cada vez mais exposto pela maneira como nos pronunciamos nessas redes, mas o mais impressionante é ver que tudo isso é, geralmente, encarado com naturalidade e até com certo relativismo permissivo, que indica duas respostas a essa maneira de se colocar: ou não há nada demais e “o que você tem a ver com isso?”; ou “o ser humano precisa disso”. Duas reposta que botariam um falso ponto final na discussão, posto que não deixariam conformados os que se incomodam com o que há e o que ainda há por vir, ou seja, com todo o processo no qual estamos definitivamente incluídos.

É preciso que fique claro que não sou contra a popularização e o maior acesso ao mecanismo máquina fotográfica para todos, não tenho nenhuma pretensão em dizer quem é de fato fotógrafo e quem representa a banalização da fotografia, só estou explicitando a minha inquietação com o que reflete no modo como se vive, essa troca do olhar vivo pela fotografia, da memória afetiva pelo chip de memória e, em geral, da experiência estética única e construtiva pela retração e pela propagação de imagens-identidades. 




André Vargas



[1] Tomando-se por base as noções de espetáculo do livro Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord: onde a verdade das coisas se perde nas representações espetaculares das mesmas, para a breve contemplação do homem, na formação de um pseudo-mundo inebriante e falso, com suas relações próprias, mediadas pelas imagens falsificadas da vida;
[2] Faço um breve apêndice aqui para explicar o termo “Tempo-resposta” e que acabo de cunhar. Tempo-resposta, nesse caso, significa exatamente o paralelo entre o tempo contemporâneo e suas estruturas (fixas, móveis, em construção ou em progressão) de relações humanas e a resposta que esse mesmo tempo espera e prevê do homem submerso nessas estruturas. A resposta que o tempo exige é o reproduzir do esperado, do previsto pelo contexto. Cada tempo tem sua resposta prevista e o tempo muda com o nascimento de respostas diferentes.